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14/4/2016

A primeira negociação da nossa campanha salarial 2016 aconteceu nesta quarta-feira, 13/4, na Secretaria de Desenvolvimento. Diretores do Sinteps foram recebidos pelo secretário Márcio França, que também ocupa o posto de vice-governador, pela superintendente Laura Laganá e assessores.

Os representantes do Sindicato expuseram os estudos feitos pela Diretoria Executiva da entidade, que apontam a existência de recursos suficientes para atender à s principais reivindicações dos trabalhadores, conforme divulgação feita na edição 54 do Boletim Sinteps (também disponível no site). Silvia Elena de Lima, presidente do Sinteps, explicou os critérios utilizados no estudo, que levaram em conta os números de arrecadação do estado de São Paulo, que entram na balança na hora da definição do nosso reajuste, do enquadramento para todos, da equiparação dos pisos do pessoal administrativo aos pagos pela Unesp, da implantação do plano de saúde institucional e das outras demandas apresentadas pela categoria na Pauta de Reivindicações da Data-Base de 2016.

França não polemizou com a argumentação, mas ressaltou que as informações que recebe mostram que o governo tem uma situação apertada nas finanças. O secretário comprometeu-se a defender as reivindicações da categoria junto ao governador, mas já antecipou o seguinte:

- Sobre o reajuste: França acredita que somente será possível falar sobre isso quando (e se) Alckmin oferecer algum índice para o pessoal da rede estadual. Propõe que aguardemos essa definição.

- Auxílio Alimentação: O Sindicato explicou que, para escapar da velha argumentação de que não é possível melhorar o vale-coxinha de R$ 8,00 porque esse é valor pago no conjunto do funcionalismo paulista, a Pauta de Reivindicações 2016 traz a proposta de criação de um novo benefício, que é o Auxílio Alimentação. Dizendo-se simpático à  ideia, França solicitou à  superintendente que faça um estudo mostrando o impacto da criação deste benefício, com valores que poderiam girar em torno de R$ 15,00 a R$ 20,00.

- Situação dos administrativos: Após ouvir a argumentação do Sinteps - que foi endossada pela superintendente - França concordou que a situação salarial dos administrativos é precária. Porém, secretário e superintendente acham difícil mexer no salário deste segmento, pois estão atrelados à  Lei 1.080, que rege os administrativos de todos os setores. No entanto, França vislumbra uma possibilidade de melhorar a situação dos administrativos. Caso seja possível criar o Auxílio Alimentação, poderíamos estabelecer um valor maior para esse pessoal, por exemplo, disse.

- Extensão do reenquadramento por titulação aos administrativos e auxiliares docentes: A superintendente afirmou que o tema está com o jurídico do Ceeteps e que, em breve, será enviado um projeto de lei para a Assembleia Legislativa, garantindo que os administrativos e os auxiliares docentes possam evoluir por titulação neste ano, assim como está previsto para os professores. O Sinteps entregou proposta de texto para o projeto, no qual inclui também a instituição do 3º nível para as funções de escolaridade de nível Básico e a alteração da denominação da função Operacional de Suporte (que inclui os auxiliares de apoio - em extinção) para Oficial de Apoio.

- Sobre o plano de Saúde Institucional - Também em função da crise econômica, França não vê a possibilidade de implantação do plano com o pagamento pelo governo, mas entende não haver à³bices para que o Ceeteps estabeleça uma parceria com o Sinteps a fim de viabilizar o plano de saúde a custos mais baixos que os do mercado, para, paulatinamente, nos anos seguintes, a instituição ir assumindo o pagamento.

Ritmo das negociações só muda com mobilização

Esta primeira reunião já mostrou qual pode ser o ritmo das negociações. Se dependermos da boa vontade da superintendência do Ceeteps e do governo Alckmin, vamos amargar mais um ano sem reajuste e sem o atendimento das nossas principais reivindicações. Pouco virá sem mobilização. Para virar esse jogo, temos que apostar na mobilização e na luta! Em ano eleitoral, Alckmin & Cia. devem ficar mais sensíveis se formos para a rua!

Proposta é de greve a partir de 16/5: Assembleias setoriais devem avaliar

A história da nossa categoria nos prova que as maiores conquistas que tivemos foram produtos da nossa luta, especialmente em anos de greve.

O Sinteps orienta os trabalhadores a realizarem assembleias setoriais até 25 de abril, com o objetivo de discutir esse cenário e se posicionar sobre a proposta de greve a partir de 16 de maio. No dia 27 de abril, o Conselho de Diretores de Base (CDB) estará reunido para tabular os resultados.

Diretores de Base, Diretores Regionais e membros da Diretoria Executiva do Sindicato já iniciaram a realização das assembleias nas unidades. Como a quantidade de escolas é muito grande, e se espalham por todo o estado, a colaboração dos trabalhadores é fundamental. Se não houver representante sindical na sua unidade, você pode organizar a assembleia e enviar os resultados para o Sindicato. Acesse o modelo de ata/lista de presença e um roteiro com subsídios no site, no item Fique por dentro - Data-base 2016.  Feita a assembleia, digitalize em envie para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Ida à s Câmaras de Vereadores

Em várias cidades, os trabalhadores das ETECs e FATECs já foram à s Câmaras Municipais para solicitar apoio de todos os partidos à  nossa Pauta de Reivindicações. O Sinteps já começou a receber as moções.

Para fazer isso em sua cidade, acesse o modelo de moção disponível no site, no item Fique por dentro - Data-base 2016.

Colhida a moção, envie para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Nossas reivindicações

Além do reajuste de 27,88% para todos e a equiparação dos administrativos aos pisos pagos na Unesp, temos algumas reivindicações que são centrais para nossa categoria, entre elas: a implantação do plano de saúde, a extensão da promoção por titulação para os administrativos e auxiliares docentes, a licença-maternidade de 180 dias para as celetistas, as correções na carreira, a jornada de trabalho para os docentes, o reajuste no vale-alimentação e outras.

Para conferir a íntegra do Pauta de Reivindicações 2016, que traz vários outros pontos, além dos citados acima, acesse o item Fique por dentro - Data-base 2016