30/3/3016
Trabalhadores da capital e do interior compareceram ao ato público que lançou a campanha salarial deste ano, realizado nesta terça-feira, 29/3, em frente à Administração do Ceeteps. Uma comissão formada com representantes de todas as regiões presentes ao ato e um diretor do DCE das FATECs, sob a coordenação da presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima, foi recebida pela superintendente do Centro, professora Laura Laganá.
Silvia entregou a ela um estudo feito pela Diretoria Executiva do Sinteps, a partir de dados da lei orçamentária do estado, do orçamento do Centro e de decretos, todos à disposição para consulta pública. Os números mostram que há recursos para conceder o reajuste e as principais reivindicações dos trabalhadores, enfatizou Silvia. A superintendente, por sua vez, disse que os dados de que dispõe apontam em sentido contrário. Segundo ela, os recursos estão garantidos apenas para a promoção por titulação (em julho/2016), a progressão e o bônus, mas não para um reajuste.
O Sinteps divulgará, em breve, boletim com detalhes sobre o estudo.
Questionada sobre as notícias de que o governo suspendeu o bônus na rede estadual, a professora Laura disse que ainda não recebeu nenhuma orientação da Secretaria de Desenvolvimento sobre isso. Frisou que tem recursos suficientes para um bônus que corresponderá à metade do que foi pago no ano passado - portanto, máximo de 0,7 folha salarial - mas que aguarda a posição do governo. Os representantes do Sindicato reforçaram que a entidade é contrária à política de bonificação, pois entende que é preciso valorizar os salários, mas que suspender o bônus agora, quando a categoria conta com ele, é um golpe inaceitável.
Os representantes também destacaram outras reivindicações centrais para os trabalhadores do Ceeteps, além do reajuste de 27,88% para todos e a equiparação dos administrativos aos pisos pagos na Unesp. Entre elas: a implantação do plano de saúde, a extensão da promoção por titulação para os administrativos e auxiliares docentes, a licença-maternidade de 180 dias para as celetistas, as correções na carreira, o reajuste no vale-alimentação e outras. A situação precária das unidades, que penam com a falta de estrutura, com a merenda insuficiente (mesmo com a implantação do ETIM, que mantém os estudantes o dia todo na unidade, a merenda não é garantida) etc., ocupou boa parte da reunião.
A superintendente informou que já está agendada uma reunião entre Sinteps, Superintendência e Secretaria de Desenvolvimento para o dia 12/4, com o objetivo de debater as reivindicações da categoria. Para esta reunião, ficou acertado que ambos (Sinteps e Ceeteps) levarão proposta de minuta de projeto de lei ao secretário de Desenvolvimento, com vistas a garantir que a promoção por titulação seja estendida aos administrativos e auxiliares de docente, bem como a inclusão do terceiro nível para o pessoal de apoio operacional.
É hora de luta!
As colocações da superintendente do Centro expressam a política do governo Alckmin: se depender deles, vamos amargar mais um ano sem reajuste e sem o atendimento das nossas principais reivindicações. Para virar esse jogo, temos que apostar na mobilização e na luta! Em ano eleitoral, Alckmin & Cia. devem ficar mais sensíveis se formos pra rua!
A reunião do Conselho de Diretores de Base (CDB) do Sinteps, realizada pouco antes do ato, apontou os próximos passos da mobilização:
- 8/4: Ato público conjunto com o funcionalismo paulista (aguarde mais detalhes e prepare a caravana de sua unidade).
- A partir de 13/4: Assembleias setoriais nas unidades. Já de posse dos resultados da reunião do dia 12/4 (entre Sindicato, Superintendência e Secretário de Desenvolvimento), quando saberemos a resposta à s nossas reivindicações, os trabalhadores devem decidir se iremos à greve neste ano (aguarde mais detalhes).
- Ida à s Câmaras de Vereadores: Os trabalhadores devem procurar as Câmaras Municipais para solicitar apoio de todos os partidos à nossa Pauta de Reivindicações (aguarde a divulgação do texto de moção preparado pelo Sindicato. A ideia é solicitar que as Câmaras subscrevam a moção).
Reajuste de 27,88% para todos e valorização dos administrativos
Na parte salarial, nossa pauta traz a reivindicação de reposição das perdas (27,88% para todos) e equiparação do pessoal administrativo aos pisos pagos na Unesp. Além disso: implantação do plano de saúde institucional, vale alimentação de R$ 800,00 para todos, revisão da carreira de 2014, entre outros itens.
Confira a íntegra das reivindicações em
É HORA DE LUTA! VAMOS EXIGIR DO GOVERNO QUE ATENDA AS NOSSAS REIVINDICAÇÕS!