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Os números ainda navegam em sentido contrário: em média, as mulheres ganham menos, trabalham em condições menos favoráveis, sofrem mais com o desemprego.

Mas também têm avanços a comemorar. Hoje, ocupam praticamente a metade do mercado de trabalho e não se furtam à  luta! O mesmo capitalismo que as explora e faz da discriminação um instrumento de ganhos extras, contraditoriamente as agrupa enquanto trabalhadoras, o que lhes traz as condições para se organizarem e lutarem!

Mulher X mercado de trabalho

De acordo com pesquisa recém divulgada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), as mulheres representam 45,9% da força de trabalho nacional. Em média, segundo dados consolidados em 2014, elas ganham, 73,7% do salário dos homens no Brasil.

Enganam-se os que atribuem esse desnível à  falta de experiência profissional ou ao nível de educação das trabalhadoras. Outra pesquisa - o relatório Education at a Glance, publicado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) - mostra que a proporção de mulheres brasileiras com títulos acadêmicos de nível superior é maior que a de homens: elas são 12%, enquanto eles são 10%, mas isso não se reflete no mercado de trabalho.

Em média, a mulher brasileira com nível superior ganha apenas 61% do que recebe um homem com o mesmo nível de instrução. Dentre os países que fazem parte da OCDE, essa discrepância é um pouco menor: a renda da mulher com nível superior é 72% da do homem. Os países mais próximos da igualdade são Reino Unido (82%) e Espanha (89%). Embora o Brasil não seja membro da OCDE, formada majoritariamente por nações europeias, os dados do país foram incluídos no relatório para fins de comparação.

Ambas as pesquisas refletem a discriminação de gênero que ainda permeia o mercado de trabalho no Brasil, embora a Constituição Federal seja explícita ao prever direitos iguais para homens e mulheres.

 

No serviço público

No serviço público, formalmente os salários são iguais para homens e mulheres. No entanto, a discriminação ocorre de modo mais sutil. Não raro, eles têm maiores oportunidades de ascensão na carreira, na indicação para postos de confiança etc.

 

Parabéns à s mulheres do Ceeteps

O Sinteps parabeniza as companheiras pela passagem de seu dia. O Sinteps seguirá organizando a categoria como um todo, em defesa de melhores salários e condições de vida, por um ensino público, gratuito e de qualidade para todos! E seguirá contribuindo, também, pela igualdade entre homens e mulheres e pela superação de todas as desigualdades e discriminações na sociedade!

No Centro Paula Souza, além das reivindicações que dizem respeito a toda a categoria, as mulheres têm algumas que lhes são específicas, como é o caso da extensão da licença maternidade de 180 dias para as celetistas, item que faz parte da nossa Pauta de Reivindicações 2016 (confira no site).

 

Um pouco da história

As origens do 8 de Março têm relação direta com as lutas da mulher, mais especificamente das operárias têxteis de Nova York. Em 1857, elas protagonizaram uma greve que durou semanas e que foi duramente reprimida pelos patrões e pela polícia. Esta greve é comumente confundida com um outro episódio protagonizado pelas operárias novaiorquinas, em 1911, quando um trágico incêndio na fábrica de roupas Triangle matou mais de 100 mulheres.

A greve de 1857 é considerada o pontapé inicial num conjunto de lutas femininas que ganharia grandes proporções no início do século 20. Ela foi a primeira a levantar várias reivindicações num momento em que as mulheres começavam a ingressar mais nitidamente no mercado de trabalho e a sofrer com a superexploração capitalista.

Nos Estados Unidos e em vários países, a greve de 1857 começou a ser lembrada no final de fevereiro ou início de março dos anos seguintes, impulsionando novas mobilizações e atos públicos. Em 1907, no dia 8 de março, operárias e mulheres socialistas de Nova York convocaram a Marcha da fome, para lembrar 1857 e reivindicar a diminuição da jornada de trabalho para 10 horas, melhores salários e condições de trabalho. Também é neste ano que o Partido Socialista Norte-Americano cria um comitê de mulheres pelo direito ao voto - o sufrágio feminino - somando este aspecto mais geral à s reivindicações econômicas.

Em 1910, durante o II Congresso Internacional das Mulheres Socialistas, realizado na Dinamarca, Clara Zetkin, militante do Partido Social Democrata Alemão e editora do jornal partidário Igualdade, propôs que se estabelecesse um dia para marcar a luta mundial das mulheres. Assim, o 8 de Março foi aprovado como Dia Internacional da Mulher.

Destas sementes históricas, brotaram várias conquistas, como a melhoria das condições de trabalho da mulher, a inserção de benefícios (como o seguro-maternidade) e a conquista do sufrágio universal.

O primeiro país a garantir o direito ao voto para as mulheres foi a Nova Zelândia, em 1893. Em seguida, veio a Austrália, em 1902. Nos Estados Unidos, o direito foi sendo implantado em alguns estados, até que, em 1920, a luta das mulheres conseguiu estendê-lo a todo o país. Na França, apesar de igualdade estar entre os lemas da Revolução Francesa, a mulher só conseguiu votar a partir de 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial.

No Brasil, a conquista do sufrágio feminino consolidou-se no dia 24 de fevereiro de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, com a promulgação de um novo Código Eleitoral. A primeira deputada estadual eleita pelo voto popular foi Maria do Céu Fernandes, no Rio Grande do Norte, em 1935.

 

 

Atividades especial na Assembleia Legislativa

No dia 8 de março, à s 19h, acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo, no auditório Teotônio Vilela (primeiro andar) uma palestra sobre assédio no ambiente de trabalho. A palestrante é a Dra. Cláudia Patrícia Luna. A atividade (que conta com o apoio da Anaten, projeto Caproni e gabinete da deputada Leci Brandão) contará, também, com o depoimento de mulheres que superaram o assédio.

 

Obs: Se você participar de atividades em sua cidade, mande fotos e informações para o Sinteps (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), para divulgarmos.