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12/8/2015

Assim como nos anos anteriores, os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, recém-publicados, expõem uma realidade já conhecida da sociedade paulista. Entre as escolas públicas com melhor desempenho, as escolas técnicas (ETECs) do Centro Paula Souza são maioria esmagadora.

Divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), à³rgão do Ministério da Educação, os dados mostram que, dentre as 100 primeiras escolas públicas do estado de São Paulo nesta edição do Enem - considerando todas as redes - 93 são ETECs. A Etesp (Escola Técnica do Estado de São Paulo) encabeça a lista das melhores públicas do estado.

Além de não serem surpresa, uma vez que repetem o feito em anos anteriores, os resultados de 2014 reacendem as contradições presentes no Centro Paula Souza. O arrocho salarial e as dificuldades estruturais, resultantes da política do governo Alckmin, ainda não foram capazes de debelar a qualidade das ETECs e FATECs, historicamente construída a partir do trabalho e da dedicação de professores e funcionários. O depoimento do diretor da Etesp, Nilvado Freire, ao jornal Folha de S. Paulo (7/8/2015), é um exemplo dessa situação. Ele comenta que, no início deste ano, a unidade estava sem professores na área de História e Espanhol. Aberto o concurso, ninguém se inscreveu, sendo necessário prorrogar as inscrições até que o quadro se completasse.

Não é novidade para ninguém o fato de que os salários oferecidos pelo Ceeteps não são nada atraentes.

Seria muito bom que o governo Alckmin - tão ágil e eficaz quando se trata de usar eleitoralmente o bom nome das ETECs e FATECs - valorizasse os profissionais que garantem estes excelentes resultados para a instituição.

Leia mais sobre os resultados do Ceeteps no Enem 2014 em:

- http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/noticias/2015/agosto/05a_etec-e-a-melhor-escola-publica-do-estado-no-enem.asp

- http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2015/08/1665624-elite-das-escolas-publicas-de-sp-no-enem-2014-tem-perfil-de-escola-rica.shtml

Cadê o nosso reajuste?

Já se passaram mais de cinco meses desde que o Sinteps protocolou a Pauta de Reivindicações da data-base 2015. Até o momento, nenhuma resposta concreta foi dada à  categoria. A Pauta chegou a ser discutida com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França, que também ocupa o cargo de vice-governador, em reunião com a diretoria do Sinteps, no dia 28/4, data em que aconteceu o primeiro ato público desta data-base, em São Paulo.

            Naquela oportunidade, que também contou com a presença da Superintendente do Centro, professora Laura Laganá, o secretário solicitou a ela que providenciasse um estudo com os impactos financeiros das reivindicações, com vistas a uma nova negociação entre as partes.

            O nosso Sindicato tomou a iniciativa de também fazer o estudo (confira na edição 69 do Sinteps Jornal, que está disponível no site) e o apresentou à  Superintendente em reunião realizada em 9/6/2015, na expectativa de que ela fizesse o mesmo. No entanto, o estudo do Centro demorou a sair, sendo mostrado aos diretores do Sinteps em reunião no dia 20/7. O documento, que já foi enviado ao governo, confirma o que já havíamos apontado: o impacto das nossas reivindicações é baixo. No entanto, segundo a Superintendente, o governo alega que precisa de uma maior definição dos impactos da crise econômica nas finanças do estado antes de decidir se concederá reajuste salarial aos trabalhadores do Ceeteps e demais categorias do funcionalismo público. Para o pessoal da rede, a ˜promessa™ de Alckmin foi de anunciar o reajuste em julho, mas nada aconteceu até o momento.

            No estudo do Centro, constam os impactos destas quatro reivindicações:

1) Reajuste salarial de 14,67% + 4,56%, a título de reposição parcial de perdas, para todos;

2) ABONO de R$ 400,00 por três anos seguidos (2015, 2016, 2017) para os servidores técnico-administrativos, com a incorporação aos vencimentos no final de cada ano;

3) Implantação do Plano de Saúde Institucional aprovado na carreira em 2014;

4) Revisão da Carreira implantada em 2014, com a adoção da política salarial do Cruesp, jornada para a carreira docente,  enquadramento por titulação para todos, fim das avaliações de desempenho, entre outros.

Sem mobilização, nada virá!

            Fica claro que a ausência de uma mobilização mais efetiva da categoria até o momento - a proposta de greve foi descartada na primeira rodada de assembleias setoriais - tem deixado o governo à  vontade para postergar a resposta. Se queremos agilidade, temos que nos mobilizar.

            No dia 13/8, o Conselho de Diretores de Base (CDB) do Sinteps estará reunido para avaliar a conjuntura e discutir propostas de mobilização para o segundo semestre. Fique atento à  divulgação!

            Sem luta, não tem conquista!