A superintendente Laura Laganá e sua equipe apresentaram ao secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan, em 26/3, as propostas da instituição para a revisão da carreira dos trabalhadores do Centro Paula Souza. A informação de que isso ocorreria foi passada ao Sinteps em reunião no dia 12/3, quando a entidade protocolou a Pauta de Reivindicações de 2024. Na ocasião, a professora Laura se comprometeu a divulgar a íntegra das propostas à comunidade logo após a exposição ao secretário. É importante que isso ocorra o quanto antes, pois os professores, auxiliares docentes e técnico-administrativos do Centro têm o direito de saber exatamente o que está sendo proposto e se prepararem para cobrar as mudanças que forem necessárias.
Segundo informações levantadas pelo Sinteps, o secretário não teria se oposto ao conteúdo apresentado, mas pediu alguns detalhamentos.
Após o aceite do secretário, o texto seguirá para outras secretarias de governo e, por fim, às mãos do governador, a quem cabe a tarefa de enviá-la à Assembleia Legislativa em formato de projeto de lei.
“Precisamos conhecer o texto para, inclusive, preparar as emendas que levaremos à Assembleia Legislativa, e que serão defendidas pela categoria”, ressalta Renato de Menezes Quintino, vice-presidente do Sindicato.
Ele também enfatiza a importância da mobilização para que a revisão da carreira, que concentra nossas demandas centrais (correção das tabelas salariais, critérios justos para promoção e progressão, instituição da jornada docente, melhorias nos benefícios etc.), avance e torne-se realidade. Em 2023, foi graças à mobilização – paralisações, manifestações e greve – que o Centro foi pressionado a apresentar tabelas e diretrizes para a comunidade, mas ainda com muitas lacunas e dúvidas. “Em 2024, a mobilização será decisiva para conquistarmos a carreira que merecemos”, conclui.
Também queremos reunião para debater a Pauta
O Sinteps aguarda o agendamento de novo encontro com a superintendente para discutir o conjunto de reivindicações presentes na Pauta 2024. A superintendente comprometeu-se a agendá-la para depois de 26/3. Além do reajuste e dos itens relativos à revisão da carreira, a pauta tem outros pontos importantes para a categoria.
Alguns deles, inclusive, sequer têm impacto financeiro e poderiam compor um acordo coletivo entre as partes, como é o caso da possibilidade de afastamento sem vencimentos para os administrativos, como previsto para os docentes. É o caso, também, da velha polêmica em torno da quantidade máxima de aulas diárias que o docente pode ter. O Sinteps entende que o máximo de 8h na jornada diária refere-se a horas corridas e não a horas aula, que poderiam chegar a até 10. Até recentemente, havia um acordo informal entre as partes permitindo que isso ocorresse, a pedido do professor, mas que foi rompido unilateralmente.
