A expressiva participação dos trabalhadores das ETECs e FATECs na Greve Nacional da Educação, em 26/4, com adesão em cerca de 80 unidades, mostrou que a categoria está disposta a lutar por seus direitos.
A partir deste termômetro favorável, o Conselho Diretor (CD) do Sinteps, que agrupas todas as instâncias de direção da entidade, indica a realização de um novo dia de greve, desta vez específico da nossa categoria. A indicação foi aprovada por unanimidade na reunião do CD em 9/5. Na pauta, estão a revisão da carreira, o agendamento de negociações sobre o reajuste salarial e a divulgação da data de pagamento imediato do Bônus Resultado.
No caso da carreira, no âmbito da comissão que estuda a revisão, na qual o Sinteps tem dois representantes, já temos a apresentação das tabelas salariais propostas pelo Centro. Confira detalhes em “Comissão da carreira avança com apresentação de tabelas. Veja o que ainda precisa melhorar e as propostas do Sinteps”.
Por que parar dia 13/6 é importante para a revisão da carreira?
Quando a comissão de revisão da carreira finalizar seus trabalhos, a proposta seguirá para a superintendente do Centro, professora Laura Laganá. Havendo concordância de sua parte, irá para três secretarias de governo (inicialmente, para a Secretaria de C&T e Inovação, dirigida pelo Prof. Vahan Agopyan, depois para as secretarias da Fazenda e Casa Civil). Depois disso tudo, seguirá às mãos do governador Tarcísio de Freitas, que a enviará para aprovação na Assembleia Legislativa. O desejo do secretário Vahan é que o projeto seja encaminhado a ele até o final de junho, para depois seguir às demais secretarias, para o governador e, finalmente, para a Alesp. Mas a história nos mostra que teremos que entrar em cena para que esse processo aconteça com rapidez.
Assim, a mobilização (o novo dia de greve e o que virá depois) cumprirá duas funções essenciais:
- Caso o projeto que saia da comissão contenha coisas que não sejam benéficas para a categoria, vamos propor mudanças. Isso pode ocorrer dentro da própria comissão, durante a tramitação nas secretarias de governo ou na forma de emendas na Assembleia Legislativa. Para emplacar as mudanças, precisaremos mostrar mobilização.
- Caso o processo se arraste, só a mobilização poderá fazê-lo andar. Foi assim em 2014, quando conquistamos essa carreira. Ela só saiu das gavetas do governo e chegou à Assembleia Legislativa quando fizemos greve.
Por que parar dia 13/6 é importante para o Bônus?
Embora seja um direito da categoria, todo ano o governo manipula as datas a seu bel prazer, pagando o bônus quando bem entende. A adesão ao dia 26/4 já produziu alguns avanços: no dia 5/5, foi publicada a comissão interna do Centro responsável pelo pagamento, um dos passos exigidos no processo. Queremos a definição da data, o quanto antes.
E se chegarmos a 13/6 com a data já definida? Neste caso, os eixos da greve deste dia passam a ser a revisão da carreira e o reajuste salarial.
Também faremos um ato às 14h de 13/6
No dia da greve, faremos um ato público em frente à administração do Centro Paula Souza, em São Paulo (Rua dos Andradas, 140, Santa Ifigênia), a partir das 14h.
Comece a discutir em sua unidade
Nos próximos dias, o Sinteps divulgará todos os subsídios para a preparação da greve do dia 13/6. As assembleias setoriais deverão ser realizadas até 12/6. Vá conversando com os colegas sobre a importância de mais este movimento. Sem luta, não tem conquista!
