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CD do Sinteps indica adesão à greve nacional da educação em 26/4. Movimento tem tudo a ver com nossas lutas:  Revogação da reforma do EM, reajuste salarial e carreira são os eixos

Reunido em 3/4, o Conselho Diretor (CD) do Sinteps – instância que reúne os diretores de base, regionais e executivos – aprovou a proposta de adesão dos trabalhadores do Centro Paula Souza à greve nacional da educação, marcada para 26 de abril. O indicativo deverá ser avaliado pelas assembleias locais, nas unidades, como você verá a seguir.

A greve nacional da educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE/CUT), tem como pautas centrais dois pontos que nos interessam muito de perto: a revogação da reforma do ensino médio e a aplicação dos índices do Piso Nacional do Magistério para todos os trabalhadores da educação. No caso da revogação da reforma do EM, já tivemos um primeiro bom resultado da mobilização, com o anúncio do governo Lula de suspensão dos prazos (veja mais abaixo) 

Nós, trabalhadores do Centro, estamos em campanha salarial e ainda não tivemos retorno ao nosso pedido de agendamento de negociação da Pauta 2023, que tem duas reivindicações centrais:

- O reajuste de 53,23% para todos (que é a soma dos índices aplicados ao Piso do Magistério nos anos de 2022 e 2023).

- A revisão da carreira (que contempla boa parte das nossas reivindicações, como novas tabelas salariais, jornada docente, valorização dos administrativos, entre outras). Mais abaixo, veja um resumo de como anda esta reivindicação. 

Ou seja, a greve nacional da educação tem tudo a ver conosco. Um forte movimento neste dia vai mostrar à direção do Centro e ao governo estadual que estamos dispostos a lutar por nossos direitos. 


Até 20/4: Assembleias setoriais nas unidades

A decisão pela adesão à greve nacional do dia 26/4 deve se dar em cada unidade, por meio de assembleia setorial. Se na sua unidade não há representantes do Sinteps, você pode tomar a frente e fazer a assembleia. Marque a data, convide os colegas a discutirem e deliberarem sobre a proposta de greve. As assembleias setoriais devem ser realizadas até 20/4.

No site do Sinteps (em “Fique por dentro” – “Greve nacional da educação em 26/4”), você encontra modelo de ata e lista de presença para a assembleia, com espaço para SIM ou NÃO à greve. Após realizada a assembleia, digitalize ata e lista e envie para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

No site, no mesmo item, você também encontra mais detalhes sobre as nossas reivindicações (reajuste salarial para todos, revisão da carreira, revogação da reforma do EM).


Revisão da carreira dos trabalhadores do Centro

A Comissão de Revisão de Carreira, conquistada pelo Sindicato na data-base de 2019 e que estava paralisada desde o ano passado, retomou suas reuniões a partir de março. Os representantes do Sinteps (Silvia Elena de Lima e Renato de Menezes Quintino) vinham há tempos reivindicando que fosse estabelecido um cronograma de trabalho, o que só ocorreu agora, após o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Vahan Agopyan, pedir agilidade nas discussões à Superintendência. Com isso, estão previstas reuniões semanais e a formatação de uma proposta comum pela comissão, a ser apresentada até final de maio ao secretário. A burocracia governamental ainda exige que a proposta passe por outras duas secretarias (Fazenda e Casa Civil) e, finalmente, chegue às mãos do governador Tarcísio de Freitas, que a enviará para aprovação na Assembleia Legislativa (Alesp). 

Assim como ocorreu em 2014, quando foi preciso uma grande greve da categoria para tirar a proposta da gaveta e levá-la à votação na Alesp, é certo que teremos que nos mobilizar novamente este ano. 

Até o momento, a avaliação dos representantes do Sinteps na comissão é que o trabalho vem sendo produtivo. Ainda esta semana, será divulgada matéria com o resumo das discussões. 


Reforma do ensino médio: primeira vitória

A mobilização nacional deflagrada por entidades da educação nas últimas semanas surtiu o primeiro bom resultado. O governo federal anunciou que vai suspender a implementação do Novo Ensino Médio (NEM). Uma portaria deve ser publicada nos próximos dias. A suspensão ocorrerá, inicialmente, enquanto durar o prazo da consulta pública aberta pelo Ministério da Educação sobre o tema, prevista para durar 90 dias.

O Sinteps defende a revogação da reforma em vigor (que empobrece os currículos e causa demissões de docentes) e a proposição de um novo modelo, que seja amplamente discutido pela comunidade. 

Na prática, a suspensão da implementação do NEM tem como principal efeito sustar as mudanças no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) previstas para 2024, que adequariam o exame ao previsto nas novas regras da etapa. O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior público no país.

Clique para conferir matéria da CNTE/CUT.