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Trabalhadores em greve,

O Ceeteps informa ter feito o lançamento das faltas de fevereiro na folha de pagamento do mês de abril. Se for mesmo confirmada essa decisão, teremos descontados os dias de 17 a 28 de fevereiro.

É no mínimo aviltante saber que haverá trabalhadores que participaram da greve e que estão perdoados pelo Ceeteps, por haverem retornado na data exigida pelo empregador, e terão seus pagamentos integrais, mesmo sem terem cumprido a reposição, e trabalhadores castigados por continuarem em luta pela categoria.

Por que são dois tratamentos para a mesma situação? Qual a legalidade disso? Que parecer ou qual legislação ampara esta decisão? Nenhum, apenas a vontade de um empregador chamado governo do Estado de São Paulo.

A pressa em fechar a folha com os descontos é mais uma das atitudes de coação. Afinal, quantas vezes a folha já foi rodada na véspera do pagamento? Quando se refere ao bônus, a resposta é: todas as vezes. Este ano, não será diferente. Quando forem pagar o bônus - que, de novo, no Ceeteps, ninguém sabe nem quanto nem quando - a folha será rodada do dia para a noite.

O Centro SABE que pode rodar a folha somente na semana que vem, mas QUER que os descontos forcem parte dos grevistas a desistirem da luta, pois seus salários mal cobrem suas necessidades de sobrevivência. É cruel, porque o Ceeteps não foi capaz de apresentar um plano de carreira que mudasse esta realidade e pune covardemente quem tem a garra e a disposição de lutar pela dignidade da categoria.

A estratégia do Ceeteps é o enfraquecimento da greve para que o projeto do governo seja votado do jeito que está, sem qualquer emenda. Afinal, para os mandatários, está muito bom do jeito que está...

Não devemos desistir da luta. Estamos na reta final e somente existe este plano de carreira em discussão na Assembleia Legislativa porque estamos em greve! Se dependesse do governo, estaríamos ainda aguardando a tramitação nas suas secretarias....

Providências jurídicas foram, estão e estarão sendo tomadas. Os dois mandados de segurança já impetrados (o Processo 1007024-15.2014.8.26.0053, na Vara da Fazenda Pública de São Paulo, e o Processo 00004 4029 4 2014 50 200 39, na Justiça trabalhista) ainda não tiveram resposta da Justiça, apesar da urgência requerida. Por isso, o departamento jurídico do Sinteps está ingressando com uma representação junto ao Ministério Público, alegando a ilegalidade do corte de ponto, pleiteando tratamento idêntico para todos (sem cortes) e pedindo ˜danos morais™, pois isso caracteriza mais uma medida de assédio moral do Centro.

O fundo de greve do Sinteps será dividido entre os trabalhadores que não tenham outra fonte de renda.

Força na luta, companheiros! Vamos lotar a Assembleia Legislativa na terça, 25/3/2014.

 

Silvia Elena de Lima

Presidente do SINTEPS