12/12/2013
No dia 10/12/2013, a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa realizou uma audiência pública para debater denúncias de assédio moral na FATEC de Barueri. Feita por solicitação do deputado Carlos Giannazi (PSOL), a pedido de professores e alunos, a audiência contou com a presença do diretor da unidade, Evandro Cleber Silva, convocado para dar explicações sobre as acusações de assédio moral, cerceamento e perseguição ideológica.A presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima, acompanhada de um grupo de diretores de base do Sindicato, fez uso da palavra para reforçar as denúncias. Vários professores e estudantes falaram e descreveram os fatos em detalhes. De acordo com os depoimentos, os episódios de intimidação ficaram mais evidentes depois que um grupo de professores se opôs à tarefa extra de abrir e trancar as salas de aula da unidade, bem como se responsabilizar pelos equipamentos nelas instalados. A partir deste fato, os que reagiram passaram a sofrer mais explicitamente atitudes de retaliação, disse Cléo Tibiriçá, professora que vem sendo perseguida pelo blog Escola sem partido, por usar textos de viés esquerdista em suas aulas (leia matéria no site do Sinteps).
O diretor da Fatec Barueri negou as acusações e se disse aberto ao diálogo.
Ao final da audiência pública, o presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado João Paulo Rillo (PT), determinou que o caso fosse levado ao Ministério Público do Estado, ao Ministério Público do Trabalho, e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cuja gestão tem nas FATECs uma de suas principais bandeiras eleitorais. Rillo se disse horrorizado com o que viu e ouviu na audiência e informou a pretensão de criar uma subcomissão para acompanhar os casos de assédio moral no Ceeteps, medida aplaudida pelo Sinteps, que já recebeu várias denúncias. Ele também disse que será votada na Comissão a convocação da professora Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza.
Boca no trombone
No VII Congresso dos Trabalhadores do Ceeteps, realizado no final de outubro, o assédio moral foi um dos temas centrais. Após palestra e debates, os delegados aprovaram a formação de uma comissão de combate ao assédio moral no Sinteps.
O Sinteps conclama os funcionários e professores das ETECs e FATECs a denunciarem situações de assédio moral e/ou perseguição nas escolas. O Sindicato tomará todas as medidas cabíveis, políticas e judiciais, para defender os trabalhadores.
Em relação ao caso da professora Cléo Tibiriçá, o Sinteps continua colhendo assinaturas na moção que repudia o blog Escola sem partido. Para assiná-la (veja o texto no site), basta informar a concordância pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Durante a audiência pública de 10/12, a moção ganhou a assinatura dos deputados Rillo, Giannazi e Leci Brandão, bem como da assessora parlamentar Bia Pardi.
A repercussão da audiência
Confira a repercussão da audiência pública e das denúncias de perseguição à professora Cléo Tibiriçá nos links abaixo (copie o link e solte em seu navegador):
Professores e alunos criticam administração de diretor da Fatec Barueri (Site da Assembleia Legislativa)
http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=354519
Acusado de assédio moral, diretor de Fatec Barueri se explica à Comissão na Assembleia (Carta Capital)
Sindicato lança moção de repúdio contra perseguição a professora da Fatec (Carta Capital)
