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4/7/2013

 

No dia 3/7, aconteceu mais uma reunião do Conselho de Diretores de Base (CDB), Diretoria Executiva e Diretores Regionais, que avaliou a conjuntura e definiu vários indicativos à  categoria.

A presidente do Sindicato, Silvia Elena de Lima, fez um apanhado das negociações realizadas com o Ceeteps até o momento, tendo em vista a nova carreira. Na última delas, em 27/6, os representantes da Superintendência garantiram, mais uma vez, que o cronograma será cumprido e que, até o final de julho, o projeto de carreira proposto pelo Centro (texto e tabelas) será divulgado. Reafirmaram, também, a disposição da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia em colaborar na tramitação do projeto (como se isso não fosse sua obrigação!) e disseram que trabalham na perspectiva de um aumento real de salários para todos. Eles justificaram, novamente, a não divulgação das tabelas e dados substanciais no momento como fruto da burocracia do Estado e da vontade da professora Laura Laganá em apresentar o projeto perfeito, para evitar que o texto seja barrado no governo.

Duas novas reuniões com o Sinteps ficaram agendadas para o mês de julho, uma na primeira quinzena e outra na segunda, nas quais o Centro compromete-se a apresentar, respectivamente, o texto da proposta e as tabelas salariais.

 

Sem mobilização, interesse do Centro e do governo diminui a cada dia

A partir dos indicativos extraídos das assembleias setoriais de base do primeiro semestre, a diretoria do Sinteps concentrou esforços para negociar com o Centro a nova carreira dos trabalhadores. Nas muitas reuniões realizadas, o Sindicato defendeu a inserção no projeto das questões consideradas fundamentais pela categoria. Estas questões constam na proposta elaborada pelo Sinteps a partir das contribuições da base (consulte em www.sinteps.org.br, no item Carreira).

A impressão que fica para todos é que, sem pressão efetiva da categoria, o interesse do Centro e do governo na agilização do processo é menor a cada dia. Temos dois problemas concretos em relação a isso:

 

1) Se os prazos acordados não forem cumpridos (divulgação do projeto ainda em julho), não haverá tempo para que os trabalhadores avaliem a proposta e para que o projeto tramite pelo governo e, no final, pela Assembleia Legislativa ainda neste ano. Se não for aprovado neste ano, só poderia entrar em pauta em 2015, pois 2014 é ano eleitoral e não é permitida a aprovação de projetos como esse.

 

2) Mesmo que os prazos sejam cumpridos e tenhamos a proposta do Centro em mãos ainda em julho, teremos que avaliá-la e decidir se contempla ou não as principais reivindicações da categoria.

 

Greve em agosto

A conjuntura nacional aponta uma situação favorável à s lutas populares. As recentes manifestações, ainda que marcadas pelo caráter espontâneo, mobilizaram centenas de milhares de pessoas em todo o país, numa clara demonstração de que a insatisfação represada é grande. Dentre as muitas palavras de ordem levantadas, todos puderam ver reivindicações que são históricas da classe trabalhadora e do movimento estudantil: mais verbas para a saúde e a educação públicas, transporte público digno, moradia etc.

É hora de a classe trabalhadora entrar em ação, colocando suas reivindicações nas ruas de forma clara. E isso precisa ser feito de forma coletiva (veja matéria sobre o chamado das centrais sindicais para o dia 11/7) e também específica por categoria.

No caso dos trabalhadores do Centro, temos muito a reivindicar. Tivemos uma data-base que resultou em parcos 8,1% de reajuste (ainda não pago) e na promessa de uma nova carreira condizente com os anseios da categoria.

Na reunião de 3/7, o CDB do Sinteps aprovou um chamado à  categoria: GREVE GERAL A PARTIR DE 15 DE AGOSTO! Se o Centro e o governo não nos oferecerem uma carreira que satisfaça a categoria, vamos cruzar os braços.

A proposta do CDB deve ser discutida em assembleias setoriais, nas quais os trabalhadores precisam dizer se concordam em ir à  greve ou não. Para que o movimento tenha início, o CDB propõe que os resultados das assembleias setoriais apontem, no mínimo, 10% da categoria favoráveis à  greve, ou seja, cerca de 2.000 trabalhadores.

 

Atenção ao calendário

A reunião aprovou um calendário de preparação para a greve:

 

De 22/7 até 14/8: Assembleias setoriais nas unidades. Os trabalhadores devem dizer SIM ou NÃO à  greve.

22/7: Nova reunião do CDB/Sinteps, na sede do Sindicato.

15/8: à€s 14h, em SP, assembleia geral da categoria, para tabular os dados das setoriais e, em caso positivo, deflagrar a greve.

19/8: Início da greve.

 

Mobilização, já! Sem luta, não tem conquista!