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Projeto na Alesp aumenta em 50% salário do novo governador e secretários. Cadê o nosso reajuste?

O projeto de lei (PL) 592/2022, que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em regime de urgência, determina um aumento de 50% nos salários do futuro governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a partir de janeiro 2023. A proposta foi colocada em pauta pelo presidente da casa, deputado Carlão Pignatari (PSDB), no dia 8/11/2022. Mal chegou a SP, o próximo governador já está tirando dos/as servidores/as públicos/as para o seu bolso e dos/as seus amigos/as secretários/as.

 

Para valer a partir de janeiro 2023, quando toma posse o governador eleito, a medida tem de ser aprovada até o final deste ano.


De acordo com o projeto, os subsídios do governador serão corrigidos dos atuais R$ 23.048,59 para R$ R$ 34.572,89; o vice-governador irá de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41; e os secretários, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.


Se aprovado, o PL 592/2022 terá também como consequência a mudança do teto salarial do funcionalismo público, que é vinculado ao subsídio do governador.


E o conjunto do funcionalismo? Falta reajuste de 40%!

Os anos de governo Doria/Garcia têm sido de forte arrocho salarial para o conjunto do funcionalismo paulista, aí incluídos os trabalhadores do Centro Paula Souza. O último reajuste foi concedido em março de 2022 – 20% para servidores da saúde e segurança pública e 10% para as demais categorias –, absolutamente incapaz de recompor as enormes perdas salariais dos/as servidores/as frente à inflação.


Se o futuro governador, seu vice e secretários sentem a necessidade de corrigir seus salários,
o mesmo vale para o conjunto do funcionalismo. No caso do Centro Paula Souza, portanto, queremos mais 40% de reajuste, para nos igualarmos ao reajuste do governador. Esse é o mínimo que deveríamos receber na data-base de 2023.