O Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB) fez um extenso estudo sobre os investimentos federais em educação, ciência e tecnologia de 2000 a 2022. A pesquisa tomou por base a Lei Orçamentária Anual (LOA 2022), aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que traz os valores investidos em cada um destes setores ao longo de 2022. Comparando a LOA 2022 com as LOAs dos anos anteriores, desde 2000, o Observatório chegou a números assustadores.
“O foco das análises recai sobre o Ministério da Educação (ME) e sobre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tendo em vista que os dois ministérios abrigam as duas principais agências responsáveis pelo fomento à pesquisa no Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no ME, responsável pelos programas de Pós-Graduação de todo o país, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal entidade que promove o financiamento de pesquisas no país, no MCT”, explica o estudo.
No item “Ciência e Tecnologia”, por exemplo, a média de investimento anual dos governos Lula/Dilma (entre os anos de 2000 e 2016) foi de R$ 1,97 bilhões, enquanto a média do governo Bolsonaro ficou em R$ 547,5 milhões.
No CNPq, órgão federal voltado ao financiamento da pesquisa, o investimento médio anual nos governos Lula/Dilma foi de R$ 56,8 milhões, enquanto a média do governo Bolsonaro foi de R$ 22,09 milhões.
A média anual dos investimentos globais no Ministério da Educação foi de R$ 10,58 bilhões nos governos Lula/Dilma e de R$ 4,02 bilhões no governo Bolsonaro.
O OLB é sediado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e é um dos principais centros de pesquisa e ensino de pós-graduação em ciência política e sociologia do país. Clique aqui para conferir a íntegra do estudo e mais detalhes sobre o Observatório.
Vídeo
A presidente do Sinteps, Silvia Elena de Lima, e o vice-presidente, Renato de Menezes Quintino, comentam os dados da pesquisa feita pelo OLB. Clique para assistir.
Alguns dos gráficos do estudo do OLB
