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Centro divulga novos critérios para o Bônus sem consultar comunidade. “Escola de Inovadores” está entre itens mais questionados

A circulação nas unidades de um documento enviado pela Superintendência do Centro Paula Souza ao Departamento de Desenvolvimento Institucional (DDI), da coordenadoria de Gestão, da Secretaria de Orçamento e Gestão do Estado de SP, contendo os indicadores propostos para a Bonificação por Resultados, ano base 2022, trouxe alguns questionamentos e levou vários docentes, auxiliares de docente e servidores/as técnico-administrativos/as a acionarem o Sinteps.


Diante das queixas e da leitura atenta do documento, o Sindicato enviou ofício à superintendente, professora Laura Laganá, pedindo esclarecimentos. O primeiro deles refere-se à completa ausência de diálogo com a comunidade em um assunto que diz respeito a todos, que é o Bônus.


Como os indicadores propostos valem para a apuração do período correspondente a 1/1/2022 a 31/12/2022, cujo bônus será pago em 2023, significa mudar as regras no meio do jogo. Estamos quase em outubro e, só agora, ficamos sabendo que novos critérios serão utilizados para nos “avaliar” desde 1/1/2022.


Na proposta enviada à DDI, o Centro mantém alguns dos indicadores vigentes e introduz outros novos. O que mais tem gerado dúvidas é o referente à “Participação na Escola de Inovadores”, que para as ETECs tem peso 5% na composição final da pontuação da unidade, e de 10% para as FATECs. Para alcançar tais índices, cada unidade deverá comprovar um número mínimo de matriculados/concluintes na ‘Escola de Inovadores’, descrita no texto como “um curso da INOVA CPS promovido em ambiente online e disponibilizado a todos os alunos, ex-alunos e pessoas da comunidade”. Ainda segundo o documento, “a unidade que promover a Escola de Inovadores proporcionará um curso que possibilite ao participante atuar de forma colaborativa e dinâmica através da promoção do empreendedorismo e a inovação bem como o desenvolvimento de competências socioemocionais, além de servir como ferramenta para a geração de renda visando a sustentabilidade do negócio no mercado”.


Considerando que parte considerável dos estudantes de ETECs e FATECs trabalham e estudam, já é possível prever a dificuldade para atrai-los para tais cursos. Por outro lado, sabemos que nem todos os alunos querem ser empreendedores, pois cada um tem seus objetivos específicos.


Além disso, os docentes da instituição não têm jornada de trabalho, sendo contratados por hora aula, e obviamente o tempo que dispõem é consumido nas aulas e em todo o trabalho envolvido para prepará-las.


Diante destes pontos, o Sinteps reivindica:

  1. Que o item “Participação na Escola de Inovadores” seja desconsiderado e submetido à discussão com a comunidade;
  2. Que a comunidade seja chamada a participar na definição dos indicadores para a bonificação;
  3. Que as regras só possam ser alteradas para o exercício do ano seguinte, para que todos/as iniciem o ano sabendo exatamente sob quais indicadores serão avaliados para a definição do bônus que receberão no ano seguinte.