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Campanha salarial: Após agendamento de negociação, CD do Sinteps amplia prazo para assembleias setoriais até 22/3 e convoca dia de paralisação em 16/3

O Conselho Diretor (CD) do Sinteps – instância que agrupa os diretores de base, regionais e da executiva da entidade – reuniu-se em 8/3 com dois pontos importantes na pauta: a reorganização do calendário de mobilização pelo atendimento das reivindicações dos trabalhadores do Centro e para comemorar o Dia Internacional da Mulher (veja mais abaixo).

Inicialmente, o calendário previa a realização de assembleias de base até 10/3, para discutir a mobilização e a possibilidade de greve geral da categoria, caso a direção do Centro não agendasse negociação com o Sindicato. No entanto, após receber uma comissão do Sinteps em 3/3, que lhe entregou em mãos a Pauta de Reivindicações 2022, a superintendente do Centro Paula Souza, professora Laura Laganá, concordou em agendar a primeira negociação para 15/3 (clique para conferir a cobertura das atividades do dia 3/3). Na mesma reunião, a superintendente anunciou a retomada dos trabalhos da comissão entre Centro e Sinteps para estudar a revisão da carreira.

Assim, o CD decidiu reorganizar o calendário de mobilização da seguinte forma: 

- Até 22/3: Realização de assembleias setoriais (em cada unidade), para discutir o andamento da campanha salarial e o indicativo de realização de GREVE GERAL da categoria, caso as negociações não avancem. Se não houver diretor de base do Sinteps na sua unidade, converse com os colegas e organize a assembleia. No site do Sinteps, no item “Data-base 2022”, você encontra o modelo de ata para registrar os encaminhamentos aprovados na assembleia da sua unidade. Preencha, digitalize e mande para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

- 15/3, 16h: Negociação entre Centro e Sindicato. 

- 16/3: Indicativo de paralisação nas unidades, como forma de pressão sobre a direção do Centro e o governo estadual, pelo atendimento das nossas reivindicações. Nesta data, trabalhadores da educação de todo o país estarão mobilizados e realizando atos públicos. Converse com os colegas para aprovar a paralisação e participe do ato mais próximo. 

- Assembleia geral da categoria: Em data a ser agendada, em formato virtual, para deflagração da greve geral da categoria, se esse for o desejo expresso pela maioria nas assembleias setoriais.

 

O que estamos reivindicando

Os principais pontos da Pauta de Reivindicações 2022 são:

- Reajuste linear de 33,24% para todos a partir de 1º de março;

- Revisão da carreira em vigor (contemplando novas tabelas salariais, para recomposição das demais perdas salariais, bem como: jornada para os docentes, instituição do plano de saúde, reajustes nos benefícios etc.)

 

Os 10% do governador: Fique atento/a às divulgações e convocações

O projeto de lei com a proposta de reajuste do governador Doria (20% para o pessoal da segurança pública e da saúde e 10% para o “resto” das categorias) entrou na Assembleia Legislativa em3/3. O Sinteps está em contato com outros sindicatos do funcionalismo público paulista para apresentar emendas que garantam, ao menos, que todas as categorias tenham reajuste igual de 20%, sem discriminações.

Fique atento/a à convocação de atividades de pressão pelas emendas, atos e manfestações.

 

Bônus 2022

Questionado pelos diretores do Sinteps em 3/3, a superintendente do Centro disse acreditar que não haverá empecilhos para o pagamento do Bônus Resultado este ano, embora não possa prever data para isso.

 

Dia Internacional da Mulher

A reunião do Conselho Diretor do Sinteps em 8/3 contou com a presença (virtual) de duas convidadas: Márcia Regina Golçalves Viana, Secretária da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e a deputada Bebel (PT/SP), presidente da Apeoesp.

Em sua exposição, Márcia lembrou que o 8 de março não é data de festa. “É dia de luta por reafirmar nossos direitos, por igualdade, contra o genocídio do povo negro, em protesto à reforma trabalhista que nos tirou direitos, por moradia digna, contra o aumento da violência doméstica e de gênero, entre tantas outras bandeiras”, disse. No Brasil, segundo Márcia, uma mulher é assassinada a cada duas horas. “Quando vocês terminarem esta reunião, uma ou duas mulheres terão sido vítimas de feminicídio no Brasil”.

A deputada Bebel saudou os presentes e atacou duramente o deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãe Falei”, que ocupou as páginas dos jornais após ‘vazamento’ de áudios nos quais afirma que as mulheres ucranianas “são fáceis por serem pobres” e faz outros comentários machistas e repugnantes referindo-se a uma guerra trágica. “Fatos como esse mostram que nós, mulheres, precisamos lutar hoje e todos os dias contra o machismo e a misoginia”, pontuou Bebel.

Já tramitam na Assembleia Legislativa 10 pedidos de cassação do deputado. Uma petição online (http://tiny.cc/ForaMamaeFalei) já conta com quase 80 mil assinaturas.