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Volta presencial: Docentes da FATEC/SP apontam caminho da resistência e reivindicam retorno ao remoto até que disseminação pela ômicron esteja sob controle

O retorno às aulas presenciais nas ETECs e FATECs está acontecendo num cenário de incertezas, em meio à gigantesca disseminação causada pela variante ômicron.

Ainda que a ampla maioria dos contaminados não fique grave, especialmente entre os vacinados, mesmo esse pequeno percentual que precisará de atendimento e/ou internação pode levar o sistema de saúde ao colapso.

O Sinteps vem cobrando sistematicamente da direção do Centro algumas medidas neste sentido, entre elas a suspensão das atividades presenciais e retorno ao remoto – para todos os segmentos – até que o mapa das contaminações entre em queda. Especialistas apontam que, a exemplo de outros países com níveis semelhantes de vacinação, o Brasil deve ter uma progressiva queda nos números nas próximas semanas.

O Sinteps também reivindica ao Centro outras iniciativas adicionais para proteção da comunidade, como a ampliação das medidas de proteção no protocolo sanitário da instituição, como a garantia de testagem custeada pelo empregador, oferecimento de maior número de máscaras (PFF2 e KN95), afastamento dos casos positivos e dos que tiveram contato com eles por 10 dias, entre outras. 

FATEC/SP indica caminho

O Sinteps teve acesso a um documento produzido por professores do Departamento de Ensino Geral da FATEC/SP. Reunidos em assembleia no dia 11/2/2022, com 63 presentes, eles aprovaram um documento no qual expõem suas preocupações com a falta de condições para que os protocolos vigentes no Centro sejam cumpridos na unidade. “Há de se lembrar da recente nota de esclarecimento do CNE, de 22/1/2022, que prevê ‘a adoção de providências temporárias e de curto prazo para garantir a segurança da comunidade escolar, estudantes e professores’", diz o texto.

Eles apontam que “faltou planejamento adequado a esse retorno na FATEC/SP, que confiando apenas na ausência de comorbidades e devida comprovação de vacinação dos professores (registradas em site do CPS), desconsiderou e não projetou para ela providências cabíveis à parcela de professores de maior risco direto (idade) ou de risco indireto (convivência diária e obrigatória com familiares de idade avançada ou com comorbidades)”.

Também são apontadas outras dificuldades, como a ausência de sinalização de fluxo coletivo (corredores, escadas e uso de elevadores) nos prédios, a fim de evitar aglomerações; inexistência de esquema digital para entrega de comprovantes de vacinação pelos alunos, provocando filas e aglomerações na secretaria geral; falta de esquema e pessoal para limpeza adequada dos ambientes (são sete profissionais de limpeza para seis mil estudantes); entre outros. Ou seja, sequer as medidas previstas nos protocolos do Centro estão sendo viabilizadas. Clique para conferir o documento.

Em seu trecho final, o texto reivindica da direção da unidade “a suspensão temporária da presencialidade, até que seja constatada a queda do contágio e a normalização do atendimento dos serviços de saúde”.

Converse com os colegas. Informe o Sinteps

O exemplo dos professores do DEG da FATEC/SP é um bom caminho a seguir. Converse com os colegas e proponha que organizem uma reunião, listem os problemas e aprovem uma posição coletivamente. Informe o Sindicato sobre eventuais iniciativas como essa e, também, sobre a situação da sua unidade, casos de contaminação etc. Escreva para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.           

Petição online segue recebendo assinaturas

A petição online criada pelo Sinteps, solicitando o adiamento das aulas presenciais e a colocação de todos em teletrabalho até 6/3, com posterior avaliação do cenário pandêmico, está tendo grande participação da comunidade. No fechamento desta matéria, na tarde de 16/2/2022, já são mais de oito mil assinantes.

Assine e passe adiante: https://chng.it/pyQ77gKHGB