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Variante ômicron: Direção do Centro avança ao orientar rodízio nas unidades, mas direções locais precisam adotar medida, sob risco de responsabilização em casos extremos

A Superintendência do Centro Paula Souza emitiu novo Comunicado, em 19/1/2022, indicando ser “necessária nova organização no ambiente de trabalho para evitar que os servidores sejam submetidos a aglomerações”. O texto, que é assinado pela superintendente, professora Laura Laganá, comunica aos diretores das unidades de ensino e coordenadores da Administração Central que os servidores que não se encontram com suspeitas de infecção ou infectados “poderão realizar revezamento das atividades presenciais até o dia 31/1/2022”.

O Comunicado solicita aos gestores locais que “organizem a escala de trabalho presencial conforme as demandas, com sugestão de padrão inicial para cada servidor de 50% de presença de sua jornada semanal” e que “os recursos tecnológicos já disponibilizados sejam utilizados para que todas as atividades continuem sendo realizadas com a excelência que nos identifica”.

O texto do Comunicado não deixa dúvidas de que a instituição reconhece a gravidade do momento pandêmico, com um assustador crescimento no número de casos pela variante ômicron.

Embora a indicação do rodízio seja um avanço, cumpre ao Sinteps destacar que, mais uma vez, a direção do Centro deixa brechas para burlas à segurança sanitária, ao “indicar” e não “exigir” das direções locais que adotem o rodízio. Como sabemos, temos muitos/as diretores/as sensatos e comprometidos com suas comunidades, mas, infelizmente, também temos aqueles/as que se julgam mais realistas do que o rei.

O Sinteps considera essencial que as direções de unidades realizem o rodízio indicado, colocando o máximo possível de servidores em trabalho remoto, até que as condições de segurança sanitária possam ser garantidas no trabalho presencial. Sabemos que a ampla vacinação da população tem garantido a ocorrência de poucos casos graves, mas o alto índice de contaminações pode levar a uma saturação do sistema de saúde e a possíveis óbitos. Assim, lembramos que as direções – central e locais – poderão ser responsabilizadas em casos extremos.

 

Sindicato reivindica outras medidas e reunião urgente

Considerando o alerta feito pelos especialistas, de que as próximas semanas serão mais perigosas em termos de contágio, e tendo em vista o calendário acadêmico, que indica o retorno às aulas presenciais no início de fevereiro, o Sinteps enviou ofício à Superintendência (em 13/1/2022), com um conjunto de reivindicações urgentes relativas à segurança sanitária, e pede agendamento urgente de reunião para tratar do assunto. As medidas reivindicadas são:

  1. Sejam colocados em trabalho remoto os trabalhadores dos grupos de risco, os idosos e as gestantes;
  2. Seja exigido dos alunos o comprovante do esquema vacinal completo para o retorno às aulas presenciais;
  3. A cada caso de suspeita e/ou contaminação por Covid-19 ou Influenza, as comunidades sejam colocadas em isolamento por 10 dias, a fim de garantir a saúde da coletividade. Não é uma questão de o diretor decidir quem vai ficar em isolamento ou não, uma vez que ele não é médico. A responsabilidade pela vida e pela saúde pública é da administração central, que deve expedir normas claras, objetivas, factíveis e que garantam a segurança de todos: professores, funcionários e alunos.
  4. Fornecimento de um número maior de máscaras (PFF2 ou KN95) aos trabalhadores do Ceeteps e exigência de que os alunos também as utilizem.
  5. Inclusão de TESTAGEM regular e frequente nas unidades do Ceeteps, às expensas do empregador, visto que o responsável pela segurança e controle do ambiente laboral é o empregador.