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Começa 2020! Revisão da carreira é luta central este ano

A comissão entre Sinteps e Centro Paula Souza, criada para discutir a revisão da carreira dos trabalhadores da instituição, iniciou os trabalhos em reunião no dia 3/12/2019. A comissão, que foi implementada a partir de uma reivindicação do Sindicato, tem 180 dias para atuar e conta com dois representantes da entidade sindical (Silvia Elena de Lima e Renato de Menezes Quintino), representantes da supervisão do Ceeteps, CETEC, CESU, assessorias da Superintendência, diretores de ETECs, diretores de FATECs e URH.


A implantação da carreira dos trabalhadores do Centro, em 2014, foi produto de muita luta da categoria, inclusive com uma longa e combativa greve. Sem isso, ela continuaria nas gavetas do governo e da Superintendência do Centro até hoje. Nos anos que se seguiram, o Sindicato continuou reivindicando tudo o que ficou de fora.


A revisão da carreira é um dos itens mais importantes da pauta do Sinteps, pois ela apresenta a possibilidade de solução de várias reivindicações centrais para os trabalhadores do Centro, como é o caso de novas tabelas salariais reajustadas para todos, implantação da jornada para os docentes, fim do interstício para as titulações, extensão do enquadramento especial por titulação aos administrativos e auxiliares de docente, licença maternidade de 180 dias para as celetistas, efetivação do plano de saúde institucional aprovado em 2014, entre outras.


Na reunião de 3/12/2019, foi definido que os vários setores representados devem trazer suas sugestões para a revisão da carreira na próxima reunião, agendada para 28/1/2020.


As propostas do Sindicato para reformar a carreira têm como base o projeto aprovado no VIII Congresso da Categoria, realizado em julho de 2017, que pode ser conferido no site (em “Fique por dentro” – “Revisão da carreira”). No entanto, é importante que os trabalhadores façam suas sugestões sobre outras questões que julguem importantes.


Confira o projeto de 2017 e, se for o caso, mande suas contribuições para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., para que, juntos, possamos construir uma nova carreira que atenda aos anseios de todos. Um detalhe importante: as tabelas salariais presentes no projeto estão defasadas, pois foram construídas em 2017; portanto, elas serão atualizadas pelo Sindicato.

 

Resumindo: O que queremos na revisão

  • Revisão das tabelas salariais;
  • Enquadramento especial por titulação para auxiliares docentes e técnico-administrativos;
  • Instituição do terceiro nível para o pessoal do nível básico;
  • Jornada para a carreira docente (10, 20, 30 e 40h);
  • Fim das avaliações por desempenho (respeito à antiguidade, de 2 em 2 anos);
  • Fim do interstício para as titulações;
  • Efetiva implantação do plano de saúde institucional aprovado em 2014;
  • Extensão da licença gestante de 180 dias às celetistas;
  • Entre outras.

 

Reivindicações específicas para administrativos e auxiliares de docente

Em julho de 2020, de acordo com a carreira em vigor, está prevista promoção (mudança de referência) para os que fizerem jus a ela. Para os administrativos, colocam-se dois problemas: o primeiro é quanto ao tipo de curso a ser aceito (para o Sinteps, não faz sentido restringir as áreas para os administrativos, pois suas funções são amplas); o segundo é quanto às possibilidades de promoção (pela regra da carreira, mesmo que tenha especialização, o servidor não pode saltar a referência da graduação).


No caso das áreas de titulação, o Sinteps vem cobrando há tempos e com insistência a urgente divulgação dos critérios e que, no caso dos administrativos, haja uma flexibilidade em relação às áreas dos cursos a serem considerados. Quando os critérios forem finalmente divulgados, se prejudicarem os trabalhadores, o Sinteps estudará a via judicial para garantir seus direitos.


No caso das possibilidades de promoção, a Diretoria do Sinteps vem insistindo no atendimento de uma das principais reivindicações da categoria, que é a extensão do enquadramento especial para os administrativos e auxiliares de docente, da mesma forma que foi feito com os docentes em julho de 2016. O enquadramento especial foi uma conquista da carreira em 2014, permitindo que os docentes migrassem diretamente para a referência correspondente à sua titulação. Embora a reivindicação fosse para todos os segmentos, os administrativos e auxiliares de docente ficaram de fora. O Sindicato já provou ao Centro e ao governo que o custo financeiro desta reivindicação é ínfimo, mas que o seu atendimento faria enorme justiça a estes dois segmentos. O atendimento desta reivindicação é um dos pontos centrais na proposta de revisão da carreira que o Sinteps está defendendo junto à Comissão criada para este fim (veja acima).

 

Sem mobilização, não tem conquista! Em 2020, vamos à luta!

O governo do estado adora usar nosso trabalho e a qualidade das nossas escolas como vitrine eleitoral, mas tenta esconder embaixo do tapete os salários arrochados e as más condições de trabalho. É nítido um enorme descontentamento entre administrativos, docentes e auxiliares docentes. Mas não basta ficar descontente e calado. Se queremos que a superintendência e o governo negociem efetivamente nossas reivindicações, temos que ir à luta, nos mobilizar em cada local de trabalho e, se preciso, partir para a greve!