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Mobilização rende frutos:  Centro divulga grades e diz oficialmente que “não haverá prejuízos aos docentes”. É preciso manter a guarda!

As denúncias e o chamado à greve em defesa do emprego, feitos pelo Sinteps, impulsionaram a mobilização em muitas unidades do Centro. Embora insuficiente para definir a deflagração da greve, a mobilização ganhou as ruas em vários municípios e produziu efeitos decisivos.


Em 28/11, a Superintendência finalmente divulgou as grades curriculares dos cursos de ETECs para 2018, o que vinha mantendo em sigilo até então, alimentando a séria desconfiança de que pretendia enxugá-las já para o próximo ano letivo, embora a malfadada reforma do ensino médio ainda não tenha sido iniciada. Pelos informes recebidos pelo Sinteps, as grades permanecem com a mesma composição e carga horária, o que representa uma vitória para a categoria!


No mesmo dia, a Superintendência encaminhou resposta ao ofício protocolado pelo Sindicato em 1/11, no qual pedia esclareciment6os sobre: o adiamento do Vestibulinho para janeiro, o segredo em torno das matrizes curriculares dos cursos, a criação de cursos “piloto” com cargas reduzidas e, por fim, a mudança da atribuição de aulas de dezembro para fevereiro. Somadas, estas medidas apontavam concretamente para o risco de demissão de docentes em larga escala no início de 2018.


No ofício, que você pode ler na íntegra (abaixo), o Centro dá explicações burocráticas para o atraso do vestibular/vestibulinho 2018 para janeiro e diz, que apesar disso, não haverá “quaisquer prejuízos aos docentes”.


A marcação da atribuição de aulas para 1/2/2018 é assim explicada: “Apesar de no dia 15/12 já contarmos com a prévia das demandas dos cursos para o ano de 2018, é somente a partir deste momento que iniciam-se os processos em relação a solicitação e autorização das divisões de classes em turmas e análise do quantitativo de HAE.”


Em relação à implantação de 50 “cursos piloto”, que terão carga horária reduzida, o ofício justifica que o assunto foi “democraticamente discutido na Autarquia, especialmente com o Comitê dos Diretores de Unidades Escolares, órgão representativo das respectivas Direções de Unidades Escolares, que concordaram em gênero, grau e número de fazer um projeto piloto, com nova matriz curricular”. Para o Sinteps, a afirmação é absolutamente questionável por duas razões:

 

  1. A “democrática” consulta às unidades para implantação do curso piloto deu-se no prazo de uma semana, tempo claramente insuficiente para debate de mudança tão impactante.
  2. A maioria das direções de unidade não debateu o assunto com sua comunidade. Entre os que concordaram com o curso piloto, a maioria decidiu por conta própria. E isso não é nada democrático.

 

Mobilização continua

O Sinteps conclama os trabalhadores a manterem e ampliarem a mobilização. Nos locais onde as atividades foram impulsionadas, os resultados têm sido excelentes. Estão sendo coletados abaixo-assinados, moções juntos a vereadores e deputados.


O pessoal da ETEC Lauro Gomes, em São Bernardo, por exemplo, está dando um show de cidadania. Depois de várias atividades na escola e na Câmara de Vereadores, onde coletaram apoios e deram entrevistas à imprensa, eles agora se preparam para novas visitas às Câmaras de São Bernardo e Santo André, em 30/11. Na primeira, conseguiram a aprovação de um requerimento de informações ao governador sobre todas as mudanças denunciadas pelo Sinteps. A luta agora é pela manutenção da atribuição de aulas neste ano e sem nota de corte no vestibular/vestibulinho.


Este é o caminho! Converse com os colegas de sua unidade e entre na mobilização. Os materiais de apoio (modelos de moção, por exemplo) estão no site (www.sinteps.org.br), em “Fique por dentro” – “Mobilização em novembro 2017”.

 

Clique aqui para conferir o ofício do Centro em resposta aos questionamentos do Sinteps

 

Clique aqui para ler matéria sobre a greve nacional contra a reforma da Previdência em 5/12