A criatividade do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do seu secretário de Educação e empresário, Renato Feder, contra os serviços públicos parece infindável. A dupla tem se esmerado em atacar a educação pública paulista e ampliar as possibilidades de negócios para os mercadores interessados no setor.
O indicativo do Sinteps, de “cruzar os braços” em 29 de abril, está movimentando as ETECs e FATECs. A iniciativa foi uma resposta às informações divulgadas durante a reunião do Conselho Deliberativo (CD) do Centro Paula Souza, em 11/4.
O governo do estado de São Paulo tirou do ar o portal em que colocava à venda dezenas de prédios públicos (https://imoveis.sp.gov.br/imoveis), nos quais funcionam órgãos como a Pinacoteca, o Horto Florestal, o Jardim Botânico, o Instituto Emílio Ribas, o Hospital das Clínicas, entre outros. A alegação é que houve “erros técnicos” na publicação e, após corrigidos, “a página trará as informações sobre terrenos ou prédios que eventualmente forem destinados à venda”.
A revisão da carreira está paralisada. Não há previsão de reajuste salarial, não há proposta de discussão da Pauta de Reivindicações de 2024. Não há sequer a disposição em negociar com o Sinteps um acordo coletivo sobre os temas que não tenham impacto econômico.
Quando os docentes retornaram às atividades neste início de ano, foram surpreendidos com uma “novidade” durante as reuniões pedagógicas: o Centro Paula Souza decidiu incumbir os coordenadores pedagógicos de fazer “Observação Direta das Aulas”. Em outras palavras, “espionar” o trabalho dos professores.