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Mobilização dos servidores municipais derrota Doria e suspende reforma da Previdência. Parabéns pela luta!

Iniciada em 8 de março, a greve dos servidores do município de São Paulo conquistou uma grande vitória. Após a realização de grandes manifestações em frente à Câmara Municipal e à Prefeitura, com dezenas de milhares de pessoas, eles conseguiram barrar a tramitação do Pl 621, o projeto de reforma da Previdência do prefeito João Doria.


Entre outras medidas, o projeto previa o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%, além de uma alíquota extra de 5% para os salários acima do teto do INSS (R$ 5.645). Também estabelecia a criação de uma nova previdência para quem entrar após a aprovação da lei, baseada em capitalização.


Embora a reforma da Previdência do governo Temer tenha sido, momentaneamente, paralisada pela mobilização da população trabalhadora, o prefeito “candidato a governador” queria fazer a sua própria reforma antes da desincompatibilização do cargo, mas foi derrotado.


A forte pressão popular fez rachar a base governista e, se fosse à votação, não conseguiria os 28 votos necessários (de um total de 55). Na terça-feira, 27/3, enquanto o prefeito ainda defendia a aprovação, o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), anunciou a retirada de pauta e suspensão da tramitação por 120 dias.


Em assembleia realizada em frente à Câmara no final do mesmo dia, cerca de 100 mil servidores aprovaram o final da greve, mantendo a mobilização para retornar às ruas, caso o projeto volte à pauta.


O Sinteps parabeniza os servidores públicos de São Paulo pela enorme demonstração de resistência e unidade, ingredientes decisivos para essa primeira grande vitória diante dos ataques aos seus direitos.